O crescimento explosivo de conteúdo, sistemas de backup e a implementação de novas aplicações sempre exigem que novos storages sejam incorporados a infraestrutura de TI. Esse cenário se repete todos os dias dentro da maioria das empresas, seja ela um pequeno escritório ou grande datacenter com milhares de terabytes.
Network Attached Storages (NAS) são sistemas para o armazenamento para redes locais, montados em gabinetes externos ou no formato rackmount, que possuem diversos recursos para gerenciamento de dados. Com objetivo de prover e armazenar informações via rede local ou serviços de nuvem, um NAS pode atuar como central de backup, cloud storage, sistema de archiving ou servidor de arquivos.
Cada storage NAS possui características próprias, que envolvem capacidade de armazenamento, o desempenho, softwares e recursos de segurança. Alguns pré-requisitos como a compatibilidade com as aplicações, capacidade de armazenamento, velocidade de processamento em IOPS (informações processadas por segundo) são importantes e devem ser dimensionadas logo no início do projeto.
NAS como os fabricados pela Qnap e Synology disponibilizam soluções para implementar serviços de nuvem, sistemas de backup e a sincronização de dados em tempo real com outros servidores. Esses serviços, bem como a capacidade de expansão, disponibilidade e as ferramentas para gerenciamento da solução sempre merecem ser analisadas.
Características técnicas como a escalabilidade, redundância de hardware, níveis de arranjos RAID para os discos e o número de interfaces de rede disponíveis devem ser verificadas antes da compra. Como esse tipo de solução é composta por hardware, software e serviço agregado por isso, sempre que possível, teste os aplicativos que compõe o sistema.
NAS com sistemas operacionais de baixa performance comprometem todo gerenciamento das informações. O sistema operacional do NAS, a interface de gerenciamento, os aplicativos incorporados, os tipos de HDD suportados, o número de portas de rede e a velocidade de processamento são importantes para a escolha correta.
Os servidores NAS de maior performance permitem composições híbridas de armazenamento e são equipados com portas de comunicação de alta velocidade como Fibre Channel (FC) ou portas 10G. Equipamentos com várias portas LAN permitem configurações contra falhas e, caso uma conexão apresente problemas, a(s) outra(s) assume(m) a atividade.
NAS com sistemas híbridos podem possuir em suas configurações discos profissionais (SAS), memórias SSD e discos comuns (SATA) de classe empresarial num único equipamento. Isso significa que informações importantes e muito acessadas poderão ser transportadas via software (tiering) para os bancos de memória e os dados menos acessados ficarão "estocados" nos discos de baixo custo.
Para manter as informações seguras, os NAS possuem ao menos dois tipos de proteção muito bem definidas: A redundância de hardware e sistemas de proteção contra acessos por software. Esses sistemas geralmente permitem montar arranjos de disco RAID, onde as informações são gravadas em duplicidade ou bits de paridade são adicionados aos dados, facilitando a recuperação em caso de falha do sistema.
Ao entrarmos no mundo dos datacenters, encontraremos equipamentos de alta disponibilidade e com zero ponto de falhas, equipados com placas lógicas, softwares, sistemas de disco e de energia redundantes. A maioria desses ambientes possuem equipamentos redundantes funcionando em paralelo, monitorando as atividades do NAS principal para entrar em ação em caso de imprevistos.