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O que são fitas LTO (Linear Tape-Open) e quais são suas aplicações

As ferramentas de hardware, software e outras tecnologias que fazem a proteção de dados no ambiente corporativo nem sempre recebem a atenção necessária.

Servidores, storages e computadores com vários terabytes de informações estão conectados em rede e são a espinha dorsal de qualquer empresa ou organização.

No entanto, muitas dessas infraestruturas simplesmente ainda mantém o backup no ambiente de produção, mesmo sabendo que esse tipo de segurança pode não ser suficiente em caso de imprevistos.

Se desastres como um ataque cibernético, falha no sistema ou fenômeno da natureza atingir o local de produção, a perda de dados poderá ser catastrófica, comprometendo não só o backup, mas também os arquivos originais.

Nessa hora o uso de dispositivos como fitas LTO e processos como o backup off-site criam uma camada extra de proteção contra perdas de dados potencialmente devastadoras.

O que são fitas LTO?

O que são fitas LTO?

LTO (Linear Tape-Open) é um formato para o armazenamento e backup de dados baseado em fitas magnéticas. Essa tecnologia foi desenvolvida pela IBM, HP e Seagate para ser um formato aberto, ou seja, para ser um padrão que pudesse ser adotado por qualquer fabricante de acionadores e cartuchos.

Essas fitas são conhecidas por sua vida útil e grande capacidade de armazenamento, e foram uma opção popular para empresas e instituições que precisavam armazenar grandes quantidades de dados.

Desde a sua introdução no final dos anos 90, várias gerações de dispositivos e cartuchos já foram lançados, cada um com mais capacidade de armazenamento e melhor desempenho do que a geração anterior.

Essa tecnologia foi desenvolvida no final dos anos 90 por uma consórcio de três empresas: IBM, Hewlett-Packard (agora HPE) e Seagate (ex-divisão de fitas vendida para Quantum). O objetivo era criar um padrão aberto para a tecnologia de fita magnética que pudesse competir com os formatos proprietários da época.

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Um pouco de história do padrão

A primeira geração dos dispositivos LTO (LTO-1) foi lançada em 2000. Esse formato oferecia 10GB de capacidade de armazenamento e velocidades de transferência até 20 MB/s (sem compressão).

Uma das principais inovações do padrão foi o uso de gravação linear multitrack, que permitia o armazenamento de grandes volumes de dados em uma única fita.

Desde então, o formato evoluiu através de várias gerações, onde cada versão oferecia mais capacidade de armazenamento e maiores velocidades de transferência.

A geração de tapes no padrão LTO-8, por exemplo, oferecem uma capacidade de armazenamento de 12TB e velocidades de transferência de até 360 MB/s (sem compressão).

O padrão também incluiu suporte para recursos como criptografia de hardware (quarta geração) e particionamento de fita (quinta geração), o que possibilitou o uso da tecnologia LTFS (Linear Tape File System), que permite que os cartuchos sejam lidos e escritos como se fossem um disco rígido.

Quais são as capacidades suportadas por cada padrão LTO?

A cada formato lançado, o padrão LTO foi evoluindo, aumentando volume de dados nativo suportado e otimizando a taxa de compressão máxima.

Porém, vale lembrar que a qualidade da compressão depende do tipo de arquivo que será armazenado, por isso a capacidade efetiva pode variar com base na natureza dos dados. São elas:

LTO-1: 100 GB (nativo), 200 GB (compressão 2:1)

LTO-2: 200 GB (nativo), 400 GB (compressão 2:1)

LTO-3: 400 GB (nativo), 800 GB (compressão 2:1)

LTO-4: 800 GB (nativo), 1.6 TB (compressão 2:1)

LTO-5: 1.5 TB (nativo), 3.0 TB (compressão 2:1)

LTO-6: 2.5 TB (nativo), 6.25 TB (compressão 2.5:1)

LTO-7: 6 TB (nativo), 15 TB (compressão 2.5:1)

LTO-8: 12 TB (nativo), 30 TB (compressão 2.5:1)

LTO-9: 18 TB (nativo), 45 TB (compressão 2.5:1)

Quais são as capacidades suportadas por cada padrão LTO?

Quais são os equipamentos compatíveis com o padrão LTO?

Dispositivos LTO são comumente utilizados para criar cópias de backup dos arquivos armazenados em vários tipos de sistemas computacionais e dispositivos de armazenamento. São eles:

Servidores: Os servidores físicos de uma organização geralmente contêm uma grande quantidade de informações valiosas, incluindo aplicações corporativas, bancos de dados, arquivos de documentos, imagens, textos e e-mails.

A utilização das fitas LTO para copiar esses dados ajudam a facilitar a recuperação do ambiente em caso de falhas.

Armazenamento em rede (NAS/SAN): Muitas empresas utilizam sistemas de armazenamento em rede para armazenar e compartilhar arquivos. As fitas podem ser usadas para fazer backup desses sistemas para proteger os dados.

Desktops e notebooks: Computadores, notebooks e dispositivos móveis conectados através de uma rede local podem ter seus dados copiados através de uma unidade instalada em um servidor.

Direct Attached Storages (DAS): Esses dispositivos de armazenamento são conectados diretamente a um computador ou servidor e geralmente tem suas cópias de segurança feita através de um dispositivo de fita.

Infraestrutura em Nuvem: Embora muitos provedores de nuvem ofereçam suas próprias soluções de backup, as LTO geralmente são usadas para fornecer uma camada adicional de proteção os dados armazenados na nuvem.

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Um acionador LTO pode ler e gravar qualquer tipo de fita?

O padrão Linear Tape-Open foi projetado para ser um formato aberto, ou seja, hardware e insumos de qualquer fabricante devem seguir o mesmo padrão e serem compatíveis.

Porém, a capacidade de ler e gravar dados varia de acordo com a geração do acionador e da fita. A regra geral é que um drive pode ler fitas de sua própria geração e até duas gerações anteriores.

Isso significa que um tape library LTO-6 também pode ler dados de dispositivos de quarta e quinta geração. Além disso, esse dispositivo também pode gravar fitas de sua própria geração e da família imediatamente anterior.

Note que esta regra era válida até o padrão LTO-7. Devido a mudanças de tecnologia, o padrão LTO-8 e todos os seguintes só suportam a leitura e gravação da geração anterior.

Quais são os principais acionadores compatíveis com o padrão LTO?

Alguns dos principais fabricantes de equipamentos e mídias incluem empresas como IBM, HP, Quantum, Fujifilm, Tandberg e Dell.

Cada um deles produz uma variedade de acionadores, tape libraries, autoloaders e mídias dentro do padrão LTO. São eles:

Unidades de fita: Também conhecidos como acionadores, as unidades ou drives são os dispositivos que leem e gravam aplicações e dados através de cartuchos.

Esses equipamentos podem ser internos ou externos e são conectados a um servidor ou computador através de uma interface SATA, SAS ou Fibre Channel.

Tape Library: Essas bibliotecas de armazenamento geralmente possuem diversas fitas e vários drives em um único gabinete.

Essas unidades permitem que aplicações e dados sejam automaticamente gravadas e recuperadas de uma grande coleção de fitas, sem a necessidade de intervenção manual.

Autoloaders: Autoloaders são dispositivos de armazenamento que contém um ou dois drives e várias fitas no mesmo equipamento.

Essas soluções fornecem as mesmas funcionalidades de um tape library , mas não suportam a mesma quantidade de acionadores e data cartridge na mesma unidade.

Quais são os principais acionadores compatíveis com o padrão LTO?

Por que substituir o backup em fita por soluções de armazenamento em disco?

Embora o backup em fita ainda seja utilizado, muitas organizações estão mudando seus sistemas para soluções de armazenamento em disco ou nuvem por várias razões. São elas:

Velocidade de acesso: Os sistemas de armazenamento em disco oferecem acesso aleatório as informações armazenadas, por isso permitem recuperar rapidamente um arquivo específico sem ter que rebobinar toda a fita.

Em contraste, cartuchos são dispositivos de acesso linear e sequencial, ou seja, para acessar um arquivo no final da fita, você precisa ler todos os dados anteriores.

Desempenho de leitura/gravação: Soluções de armazenamento em disco podem ler e escrever dados mais rapidamente do que as fitas. Isso pode ser importante quando o backup e a recuperação que precisam ser concluídos dentro de uma janela específica de tempo.

Durabilidade e confiabilidade: Embora as fitas sejam bastante duráveis, elas são sensíveis ao ambiente e podem ser danificadas por campos magnéticos, poeira, calor e umidade.

Facilidade de gestão: Aplicações e dados contidos em sistemas de armazenamento em disco sempre são mais fáceis de gerenciar do que informações armazenadas em cartuchos.

Com as fitas, você precisa lidar com o armazenamento físico, rotatividade, transporte e organização das mídias. Com o armazenamento em disco, tudo isso é gerenciado digitalmente.

Integração com a nuvem: Muitas soluções de armazenamento em disco são facilmente integráveis com serviços de armazenamento em nuvem, permitindo assim que as organizações aproveitem uma estratégia híbrida de backup e recuperação de dados.

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As fitas LTO e os novos sistemas de backup corporativos

Embora as fitas LTO continuem a desempenhar um papel valioso em muitos ambientes de TI, a verdade é que a indústria está vendo uma tendência de transição para outras tecnologias de backup.

Com as facilidades oferecidas pelos sistemas de armazenamento em disco e soluções em nuvem, uma quantidade crescente de organizações está substituindo suas soluções baseadas em LTO por sistemas mais modernos.

Novas alternativas de armazenamento baseadas em disco como Network Attached Storages (NAS), servidores de backup e o armazenamento em nuvem tem sido o fiel da balança nessas situações, adicionando uma camada extra de proteção aos planos de continuidade de negócios.

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